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Depressão

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    A depressão pode atingir os indivíduos em qualquer etapa da vida e, apesar da recorrência ser mais elevada nas idades médias, vem ocorrendo um crescimento na fase da adolescência e no começo da vida adulta.

   O termo depressão surgiu pela primeira vez no ano 1960 como designação de um estado de perda de interesse pela vida ou estado de desânimo.

   Apesar da depressão se caracterizar como um conjunto de sintomas mais comuns: emocionais, físicos, motivacionais e cognitivos.

   O indivíduo deve apresentar este conjunto de sintomas para que receba o diagnóstico de depressão, porém, quanto mais sintomas forem apresentados e maior foi a intensidade, maior será a certeza de que a pessoa sofre dessa patologia.

 Alguns fatores hereditários e genéticos têm envolvimento nos casos de depressão, que pode ser gerada em decorrência de uma disfunção bioquímica do cérebro. Além deste fato, e de forma geral, o paciente depressivo interpreta negativamente os eventos, pressupondo resultados desfavoráveis. Tal percepção influência nos padrões de comportamentos depressivos, que são reforçados por interpretações subsequentes, que se relacionam com baixa autoestima, sentimentos pessoais de inadequação e desesperança, tão presentes na depressão (POWELL; ABREU; OLIVEIRA; SUDAK, 2008).

   Além da desesperança, outro aspecto relevante para a compreensão da depressão é a sensação de falta de sentido na vida ou de vazio existencial, construto este que assume um papel importante nesse transtorno. Assim, demanda-se identificar a presença/ausência de sentido e em que medida o referido aspecto pode direcionar possíveis intervenções a serem realizadas diante do quadro de depressão (AQUINO et al., 2016)

    A depressão pode atingir os indivíduos em qualquer etapa da vida e, apesar da recorrência ser mais elevada nas idades médias, vem ocorrendo um crescimento na fase da adolescência e no começo da vida adulta.

   Os transtornos podem ter variação conforme a gravidade, podendo ser de branda até muito grave, acontecendo diversas vezes de forma esporádica, porém, pode ser crônica ou recorrente, e as mulheres possuem maior vulnerabilidade aos estados depressivos devido a oscilação hormonal, que ficam expostas especialmente no período fértil.

     Nos Estados Unidos, em torno de 70% das prescrições dos antidepressivos são realizadas para as mulheres.

    Apesar da depressão se caracterizar como um transtorno do humor, há quatro conjuntos de sintomas mais comuns:

  • Emocionais (perda de prazer, tristeza)

  • Físicos (mal-estar nas atividades, aumento de dores, fadiga, mudança de sono e apetite)

  • Cognitivos (enfraquecimento da memória e da concentração, desesperança e visão negativa de si mesmo)

  • Motivacionais (falta de persistência e de iniciativa e passividade).

   O indivíduo deve apresentar este conjunto de sintomas para que receba o diagnóstico de depressão, porém, quanto mais sintomas forem apresentados e maior foi a intensidade, maior será a certeza de que a pessoa sofre dessa patologia.

Abatimento e tristeza são considerados sintomas emocionais apresentados mais comumente nos casos de depressão. A pessoa se sente triste, sendo despedaçado, com frequência tem crises de choro e pode pensar em suicídio.

   Ainda ocorre com frequência a falta de satisfação com a vida. Os gestos que antes geravam satisfação, parecem insignificantes e tristes.

    A maior parte dos pacientes com depressão diz não mais gozar de atividade anteriores, e muitos afirmam que perdem o afeto e o interesse pelas pessoas.

   Com relação aos sintomas físicos, são apresentadas perturbações do sono, perda de energia, alteração de apetite e fadiga. A pessoa fica concentrada no interior e não em eventos externos, pode se preocupar com a saúde e exagerar mal-estares e pequenas dores.

    O diagnóstico da depressão é realizado com base na presença de certos sintomas que são manifestados em uma certa intensidade e duração, além de tomar como base a história do paciente.

   Devido ao fato do estado depressivo ter a possibilidade de ser um sintoma secundário a diversas doenças, é importante sempre determinar o diagnóstico diferencial.

   O tratamento principal é o farmacoterápico, em associação com a psicoterapia.

 Existem evidências da atividade física ser um recurso relevante para a reversão dos quadros de depressão, no entanto, nem todos os indivíduos com predisposição genética têm reações da mesma forma frente os fatores que atuam como gatilho para as crises: estresse psicológico e físico, consumo de drogas lícitas e ilícitas, acontecimentos traumáticos na infância, algumas doenças sistêmicas, certos medicamentos.

   A depressão possui um bom prognóstico, pois é tratada na maior parte dos casos. Porém, as pessoas podem ter recidivas.

   Cerca de 25% dos pacientes podem apresentar um episódio novo dentro de seis meses, sendo que de 30 a 50% apresenta nos primeiros dois anos, e por volta de 50 a 70% pode apresentar um episódio novos em cinco anos.

 A recidiva é menor nos pacientes que seguem com o tratamento psicofarmacológico profilático.

 

Conclusão

   A depressão pode acontecer em qualquer etapa da vida, sendo na infância, na adolescência, na maturidade e na velhice.

    Ocorre a variação de sintomas conforme o caso, e isto pode conduzir o indivíduo para a perda de interesse pela vida e para um estado de desanimo, que se não tiver tratamento, o paciente pode ser levado a morte.

  É importante ressaltar que é necessário diferenciar a depressão patológica da tristeza transitória causada por acontecimentos que são desagradáveis, desentendimentos familiares, decepção amorosa e dificuldades econômicas.

Indivíduos sem a doença que enfrentam adversidades, se entristecem, sofrem, porém, encontram um modo de superá-las.

   Nos quadros de depressão, não há trégua no desânimo e na tristeza, mesmo que não exista uma causa aparente, o interesse por atividades que davam sensação de prazer e bem-estar somem.

Portanto, é importante ficar atento e buscar ajuda assim que identificar um quadro depressivo, e o atendimento psicológico é um forte aliado no tratamento para a depressão.

Referências

AQUINO, Thiago Antônio Avellar de; DARÁ, Dany Monique Batista; SIMEÃO, Shirley de Souza Silva. Depressão, percepção ontológica do tempo e sentido da vida. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 12, n. 1, p. 35-41, 2016.

POWEL, V. B., ABREU, N., OLIVEIRA, I. R., & SUDAK, D. Terapia cognitivo-comportamental da depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria, 30, 573-580. (2008).

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